O protocolo do século passado morreu — e poucos o ousam admitir

Por décadas, foi palco de vaidades, exageros e reverências personalistas que pouco serviam à essência institucional. Mas o século XXI não tem paciência para este  teatro. Num mundo que exige propósito, transparência e impacto real, o protocolo precisa renascer. Não como um adorno cerimonial, mas como uma ferramenta estratégica, sustentável e certificada.

Quem ainda acredita que pompa,  desperdício e exagero é sinônimo de respeito, está a um passo da irrelevância.

Somos da opinião que no século XXI, o protocolo  evoluirá para refletir valores contemporâneos: sustentabilidade e  autenticidade.  Será sustentável, com prioridade para  práticas ecológicas, desde o uso de materiais recicláveis até eventos com pegada ambiental reduzida. A certificação ganhará destaque, garantindo que os processos protocolares sigam normas éticas e ambientais reconhecidas internacionalmente.

A estética e os gestos serão sem exageros, valorizando a simplicidade, a  elegância  e a funcionalidade. As cerimónias deixarão de ser ostentação para se tornarem em experiências significativas e respeitosas. Acima de tudo, o protocolo servirá as instituições, reforçando a sua credibilidade e a sua missão, e não os egos individuais. A personalização dará lugar à representação institucional, promovendo equidade e profissionalismo.

Essa transformação não será apenas uma tendência, mas uma exigência de um mundo mais consciente, onde o protocolo será ferramenta de comunicação estratégica e responsabilidade social.

Neste novo século, o protocolo deixa de ser um ritual de aparências para se tornar um símbolo de consciência coletiva. Sustentável, certificado, sóbrio e institucional — será o espelho dos valores que queremos ver refletidos no mundo. Não se trata apenas de servir vaidades, mas de fortalecer pilares. O futuro exige mais do que formalidade: exige propósito. E o protocolo, continuará a ser  a sua linguagem.

E quem não acompanhar essa mudança…. será apenas mais um figurante num palco que já saiu de cena.