
Sou Tenente-Coronel de Artilharia do Exército Português na situação de reforma e tenho muito orgulho de ter vivenciado os valores militares. O facto de ser militar proporcionou-me o conhecimento, o prazer e a experiência do trabalho em equipa.
Quando me reformei por opção pessoal, considerei que seria um dever partilhar esta experiência e apoiar a organização de eventos com protocolo, investimento que o Exército Português fez em mim.
Desde 2012, aceitei o convite da Universidade ISMAI para ministrar a Unidade Curricular de Teoria das Relações Públicas e Protocolo na licenciatura de Relações Públicas. Perante os convites recebidos para ministrar formação em eventos com protocolo e protocolo de altas entidades resolvi, criar uma empresa.
Em todos os eventos e cerimónias militares em que participei, tive que aplicar todos os conhecimentos de planeamento e liderança que aprendi durante a minha formação na Academia Militar, no Instituto Universitário Militar e nos diferentes exercícios táticos onde estive presente.
Tive a oportunidade de realizar eventos altamente exigentes onde a delegação de autoridade foi uma das ferramentas que tive que utilizar para que todos os eventos ocorressem conforme o planeado.
Portanto, considero que posso e devo partilhar toda essa experiência.
Estas competências foram adquiridas nas funções de Chefe de Gabinete e Planeamento do Estado-Maior do Comando de Pessoal e em conceitos teóricos gerais sobre a atividade protocolar.
Hoje vamos falar sobre as regras das cerimônias militares.
As cerimônias militares são regulamentadas por leis e regulamentos específicos em vigor. Quando não estiverem previstas na legislação, cabe ao comandante, diretor ou chefe estabelecer diretrizes que permitam que as cerimônias sejam realizadas com simplicidade e dignidade e de acordo com a imagem do Exército.
Para nós o cerimonial militar é a atmosfera, o aparato e a prodigalidade dos eventos.
O Protocolo traduz o conjunto de regras que regem o cerimonial.
“O protocolo é a norma e a cerimônia é a forma.” A tradição e o cerimonial militar são regulamentados e estão redigidos em documentos específicos e são um eco de acontecimentos históricos ou momentos significativos da vida dos quartéis e unidades militares. Assim, permitem a invocação e o reforço das virtudes e dos valores militares.
Em todas as cerimônias militares está bem definido quem preside, quem está representado e quem será convidado.
O convite às autoridades religiosas fica a critério da entidade que decide organizar as celebrações.
Se gostou deste assunto, continue a seguir o nosso blog. No próximo artigo iremos falar sobre “Apresentação de cumprimentos “ onde apresentarei casos concretos que me aconteceram.